Filmes de Ação no Cinema têm sido um dos pilares da indústria cinematográfica desde os primeiros dias do cinema, moldando gerações de espectadores com suas cenas repletas de adrenalina e suspense. Desde seus primórdios, no início do século XX, até as mega produções contemporâneas, o gênero de ação no cinema passou por diversas mudanças significativas, tanto em termos de narrativa quanto de técnica.
Os Primeiros Anos: O Nascimento do Filme de Ação
Os primeiros filmes de ação no cinema, ainda no cinema mudo, já exploravam o potencial do movimento e da tensão. Um dos exemplos mais famosos é O Grande Roubo do Trem (1903), dirigido por Edwin S. Porter. Este filme é considerado o primeiro a trazer elementos característicos do gênero, como perseguições, tiroteios e personagens heróicos enfrentando grandes perigos.
Com o passar do tempo, diretores de filmes de ação no cinema, começaram a incorporar mais elementos físicos e movimentos ousados às tramas, destacando heróis em lutas corporais e cenários dinâmicos. Os filmes de capa e espada, como as produções estreladas por Douglas Fairbanks na década de 1920, traziam duelos de esgrima e acrobacias impressionantes, pavimentando o caminho para os futuros astros do gênero de ação.
Décadas de 1950 e 1960: Westerns e James Bond
Nos anos 1950 e 1960, o western dominava o cenário dos filmes de ação. Diretores como John Ford e Sergio Leone transformaram a narrativa do faroeste em épicos de ação, onde pistoleiros solitários enfrentavam vilões em duelos eletrizantes. Os Sete Samurais (1954) de Akira Kurosawa, um clássico japonês, também influenciou o gênero, demonstrando como a ação pode ser enriquecida com profundidade emocional e narrativa.
Ao mesmo tempo, os filmes de espionagem ganhavam força, com a chegada do icônico James Bond. A série começou com 007 Contra o Satânico Dr. No (1962), e rapidamente definiu um novo padrão para filmes de ação, com perseguições de carros, gadgets e lutas corpo a corpo. Bond representava o tipo de herói sofisticado e invencível que se tornaria um arquétipo no gênero.
Anos 1980: O Domínio dos Atores de Ação
A década de 1980 foi marcada pela ascensão dos grandes astros de ação, como Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger. Filmes como Rambo (1982) e O Exterminador do Futuro (1984) trouxeram uma nova dimensão ao gênero, com heróis musculosos, explosões e lutas brutais. Nessa época, os filmes de ação eram sinônimos de testosterona, tiroteios intensos e batalhas contra vilões aparentemente indestrutíveis.
O avanço dos efeitos especiais também contribuiu para aumentar a escala dos filmes de ação. Em Duro de Matar (1988), Bruce Willis se destacou como o herói relutante, lutando contra terroristas em um arranha-céu. O filme redefiniu o gênero, oferecendo um protagonista mais vulnerável e cenas de ação em espaços confinados, o que gerava maior tensão.
Anos 2000: A Era das Franquias
Com a chegada do século XXI, os filmes de ação passaram a ser dominados por franquias. Por exemplo, Velozes e Furiosos (2001) deu um novo foco à ação sobre rodas, com perseguições de carros que desafiam as leis da física. Ao mesmo tempo, a série Missão Impossível trouxe acrobacias realistas e sequências espetaculares, destacando Tom Cruise em cenas de risco sem o uso de dublês.
Além disso, o gênero de ação também se tornou mais diversificado, principalmente com a popularização dos filmes de super-heróis. Com o sucesso da Marvel e da DC, filmes como Os Vingadores (2012) e suas sequências redefiniram o conceito de ação em escala épica. Esses filmes, impulsionados pelos avanços tecnológicos em CGI, trouxeram batalhas massivas entre super-humanos e vilões intergalácticos, elevando o gênero a novos patamares.
Hoje: Realismo e Diversidade no Filme de Ação
Atualmente, o filme de ação continua a evoluir, mesclando tecnologia de ponta com histórias mais realistas. Além disso, o público agora busca um equilíbrio entre ação grandiosa e personagens emocionalmente ricos. Por exemplo, produções como Mad Max: Estrada da Fúria (2015) trouxeram um visual estilizado, coreografias elaboradas e cenários pós-apocalípticos. Enquanto isso, John Wick (2014) focou na brutalidade das cenas de combate, criando coreografias detalhadas que se destacam pela precisão.
Além do mais, a diversidade também tem aumentado, com mais filmes de ação protagonizados por mulheres, como Atômica (2017) e Viúva Negra (2021). Adicionalmente, narrativas que abordam questões sociais dentro do contexto de ação, como Pantera Negra (2018), têm ganhado destaque.
Dessa forma, o gênero de ação percorreu um longo caminho, desde suas raízes no cinema mudo até as superproduções modernas. Hoje, os filmes de ação não se limitam mais apenas a heróis indestrutíveis e explosões; pelo contrário, eles são ricos em narrativa, com personagens multifacetados e questões relevantes. Contudo, a essência do gênero — a adrenalina e a luta contra o perigo — continua a capturar a imaginação dos espectadores.
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